quarta-feira, 13 de junho de 2012

A história mais bonita


Nós construímos uma história. Não, não direi que foi um belo romance, com arco-íris, flores e um lindo final feliz. Às vezes essa história foi tragédia, passamos situações muito difíceis, mas sempre tínhamos um ao outro para superar, chegamos a quase perder a vida, mas juntos superamos também. Pode-se dizer que em partes foi um drama, digno de romance mexicano, com choro, palavras pesadas e depois risos e carinho. Não podemos deixar de lado a parte comédia, né? Afinal, são incontáveis as situações engraçadas, piadas, risos e muitos, mas muitos momentos felizes! Talvez isso seja o que mais torna difícil nos desligarmos, cortarmos esse laço de amor e amizade que conquistamos de uma maneira tão forte, mas tão forte, que acho que nunca ninguém vai entender. Acostumamos-nos a sempre ter um ao outro para compartilhar os momentos terríveis e os mais felizes, não importa o que acontecesse, eu tinha você e você me tinha. Me diz, agora como superar um momento de dor, mudanças, readaptação sem você do meu lado? Como ficar sem as tardes de sol? Sem os jantares diários, sem o aconselhamento, sem a amizade, sem sentir sua pele, seu abraço, beijo.
Foi melhor assim, repito essa frase várias vezes para mim mesma esperando que uma hora ela faça sentido. Se fará? Só o tempo vai dizer, tempo esse que sempre leva tanta responsabilidade nas costas, afinal, dizem que só ele resolve tudo.



quinta-feira, 10 de março de 2011

O mundo que nos move

Ela tem só 19 anos, mas parece que já carrega todo o peso do mundo sobre os seus ombros.
Ela já sonhou um dia, já achou que o mundo fosse um lugar colorido e bonito onde os planos fossem concretizados sem lugar para frustração.
Imaginou que as pessoas eram boas e que se ajudavam umas as outras.
Mas a vida prestou o favor de mostrar a realidade dos fatos, lhe ensinou a matar os sonhos ou esconde-los no lugar mais profundo do seu coração, onde ninguém tivesse acesso.
Seu sorriso lindo, que iluminava quem o visse, deu lugar para uma expressão fria, vivida, de quem já cansou de sofrer.
Ela não espera mais tantas coisas da vida, aprendeu que a vida só bate em quem apenas espera. Hoje ela corre atrás e sabe que um dia ainda vai provar para muita gente que determinação pode mover o mundo, ou ao menos nos mover no mundo.

J.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Desvaneios sobre mim

Um dia talvez eu me entenda, ou não.
Eu amo demais, demonstro de menos,
sou intensa demais, valorizo de menos.
Eu afasto as pessoas que se aproximam de mim,
que chegam perto demais de quem eu realmente sou,
e que nornalmente são as pessoas a quem mais amo.
Não me vejo como uma pessoa boa, penso que
ninguém me mereça e que eu sempre vou estragar tudo,
talvez esse seja o motivo de ter tanto medo de me pegar
solitária com 40 anos tomando uma cerveja na
varanda numa tarde de sábado.
J.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ser livre?

Afinal o que é ser livre?
Sinceramente não sei.
Apenas sei que é por isso que clamo todos os dias.
Queria me desapegar de tudo e de todos
e conseguir dominar plenamente tudo que sinto e assim
me sentir no controle da minha vida.
Ou então o contrário, queria conseguir me entregar
inteiramente e assim entregar tudo de mim em um só sentido,
mas também não consigo.
Eu me dou em partes, eu me apego em muitas coisas,
eu não consigo me apegar cem porcento em uma só coisa,
mas também não consigo deixa-la livre!
É, acho que sou egoísta.
Não sou livre, e não deixo as pessoas a minha volta livres.


J.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Vontade...

Eu digo “Queria te ter nem que fosse apenas mais uma vez”, mas eu sei que se te tivesse de novo, a vontade só aumentaria, e eu repetiria essa frase muitas vezes mais.

Eu tento te transformar numa memória agradável, daquelas que a gente começa a rir em uma hora não propícia e ninguém entende o porque…Mas quando penso em ti e na intensidade de tudo o que a gente teve, me da vontade de chorar novamente porque eu sei que o que me resta são apenas estas lembranças que insistem em me roubar os pensamentos…


J.

terça-feira, 30 de março de 2010

Abstrair

Hoje eu entendo as coisas que você me dizia no começo, hoje tudo faz sentido de uma forma que nunca antes fizera! Parece um daqueles filmes em que o bandido faz as suas vítimas sempre da mesma forma, seguindo exatamente os mesmos passos, como se tivesse uma lista com um cronograma a ser seguido.Hoje vejo que fui mais uma das suas vítimas, mais uma que achou que dessa vez você seria diferente e chorou no final. No fundo eu sempre soube que não duraria muito, mas mesmo assim sempre tentei fazer durar. No começo nem era importante pra mim, mas parecia ser muito importante pra você. E quando pra mim a importancia já havia se tornado enorme, já não importava mais pra você! Agora eu vejo que estou melhor sem você, agora eu posso respirar. Não digo que não levarei coisas boas da nossa história, porque estaria mentindo. Por um curto período de tempo eu fui muito feliz sim! Mas creio que as tristezas que você me proporcionou foram maiores que as felicidades. Talvez eu tenha perdido um pouco de sensibilidade com a nossa história, mas me tornei mais forte. Abstrair é a palavra pra mim agora, não que eu vá lhe apagar permanentemente de todas as minhas memórias, porque você sempre será um capítulo da minha vida, mas apenas isso, um simples capítulo, ou apenas um trecho...


J.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Objetos e mais objetos

É curioso o fato de como nós seres humanos somos covardes e tendenciosos a pensar apenas em nós mesmos.
Conseguimos transformar pessoas e sentimentos alheios em objetos, que usamos quando achamos necessário.
Como se colocassemos pessoas em uma estante e pensassemos "Hoje esse me serve mas amanhã não vai ser propício para a ocasião."
Mas é claro que nem todas as pessoas são assim, até serem elas afinal colocadas numa estante e não aguentando mais fixam uma idéia na cabeça, "não seja o objeto, faço os outros de objeto."
Pronto, esse indivíduo acaba de adquirir uma estante prontinha para ser usada.
Mas infelizmente isso é um ciclo, no final você acaba sendo apenas um objeto usado novamente.


J.